O Cosmos é tudo o que existe, existiu ou existirá.

sábado, novembro 26, 2016

A propósito do falecimento de Fidel Castro

Ditador sanguinário para uns, herói para outros, Fidel foi um ícone incontestado. Nenhuma campanha de agência com pensadores pagos a peso de ouro, podia conceber a imagem, o carisma que Fidel nos transmitia.
Podia não ser um homem bom, no sentido em que não tinha sangue nas mãos, mas certamente que era um homem com uma crença profunda, que acreditava num caminho, com uma visão e força para a implementar.
"Com grande poder vem grande responsabilidade"... As estórias de heróis ensinam-nos isto, Fidel viveu essa história. Ser bom ou ser mau, depende dos resultados e do ângulo de que observamos esses resultados. Não há Homens apenas bons, apenas Homens. Há pessoas com virtudes e defeitos que quando escalados para uma posição de grande poder e repercussão, causam muito bem e muito mal. Fidel esteve lá, "Saw that, done that."
O século XX foi o século de Fidel. Quando a história futura se lembrar desse século e o tiver que resumir a umas poucas imagens, a foto de Fidel com o seu charuto estará lá.
Foi o lider de uma ilha que tem o nome de Cuba, que contam os boatos terá sido levado pelo seu descobridor da aldeia de onde terá nascido no Alentejo. Fidel gostava dos Portugueses. Ainda que com toda a renegação que lhe demos... Chamamos-lhe tirano, sanguinário, comunista (esta última não é propriamente insultuosa, apenas para mentes pequenas e minadas) e mesmo assim ele gostava de nós. Revia talvez o espírito cubano nesta ponta da Europa. O ser afável, de coração mole e grande, pobres mas disponíveis.
Fidel deixou-nos em 2016. Talvez seja finalmente o último suspiro do séc. XX, que conseguiu entrar 16 anos para dentro do séc XXI. Agora que nos libertamos disto e Fidel passou à História olhemos em frente, temos um século novo para criar ícones e heróis. Mas carismáticos, de quico, charuto e barba como este nunca mais...