O Cosmos é tudo o que existe, existiu ou existirá.

sexta-feira, abril 07, 2006

Evolução pessoal.

Tal como a natureza evolui, também a nossa personalidade evolui. È um facto próprio da natureza humana. As transformações na nossa vida, causadas pela idade, pelas atribulações familiares e profissionais, a nossa aprendizagem através da experiência, tudo isto somado se reflecte na nossa personalidade.
Mas continuo a dizer que sou optimista. Provo isso porque falo em evolução e não em regressão. Acredito que cada dia estamos melhores. As alterações vão-se somando e cada dia temos e somos capazes de algo novo. Se calhar é isso o amadurecimento. Aumentamos a nossa paciência, o nosso desembaraço, a ternura, e diminuímos a impetuosidade, a timidez, e a agressividade.
Posso estar, e sei que estou, a falar apoiado num caso único e que não serve de amostra do mundo; eu próprio. Mas é isto que sinto comigo ao passar do tempo. Talvez as experiências do tempo e da natureza estejam a dar todas certas comigo. Mas privado de outras fés, tenho fé que a natureza tem mecanismos próprios para garantir a evolução. E isso também me dá optimismo.
Mas escrevo tudo isto em tom nostálgico, porque estes pensamentos iniciaram-se quando hoje olhei para trás e pensei como era diferente o Fernando que andava no liceu há mais de uma década atrás. Tinha outros amigos, outros objectivos, outras preocupações, que em pouco se cruzam com as actuais. Nessa altura o meu amor era a Christina, menina venezuelana, moreninha, querida, adolescente sem saber o que queria da vida, que para minha felicidade me acompanhou ao baile de finalistas. O que eu queria era arranjar um emprego como programador de computadores, e comparava-me aos meus ícones, Bill Gates e Peter Norton. A carta de automóvel era uma realidade recém adquirida, e a experiência de vida muito curta. Era um grande idealista, talvez maior do que agora, mas também isso é próprio da juventude. Preparava-me para inserir num mundo que ainda não conhecia.
Actualmente, passados 12 anos, 6 empresas, 1 (e ½) curso universitário, duas empresas abertas, muitos cursos de formação, poucas namoradas (isso é sempre pouco), muitas noites de boémia, uma esposa e filha, vários países percorridos, como poderia ser o mesmo Fernando? Penso que os dois Fernandos, o antigo e o actual, se encontrassem discutiriam, um mais jovem e idealista por discordar de algumas cedências que tive que praticar ao longo da vida, e o mais maduro para libertar e ensinar o jovem a caminhar sem receios e abraçar o que é mais importante.
Resta saber como será o Fernando do futuro? Provavelmente um homem do seu tempo…

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá Fernandito.
Sou eu outra vez.
Este texto parece-me estar um pouco na sequência do anterior e posso-te dizer que a minha sensação da evolução da minha vida e a minha experiência dizem-me o mesmo k a tua, e eu tenho + 15 ou 16 anos k tu. Provavelmente outras pessoas ainda mais velhas dir-te-ão o mesmo, porque afinal "na natureza nada se perde, tudo se transforma" ou como já dizia Camões "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades/muda-se o ser, muda-se a confiança/todo o homem é composto de mudança/adquirindo sempre novas qualidades", é se calhar por isso que eu não tenho receio de envelhecer ou de dizer a minha idade. Tenho receio das complicações de saúde k o avanço da idade pode acarretar, mas só na medida em k tal me impessa de ser autosuficiente e de, eventualmente ter de depender de outras pessoas, para as coisas mais básicas, De resto eu não tenho problema nenhum c/ isso e gosto de fazer anos, encaro cada aniversário como mais um ano de experiência k tive nakele k passou e um novo ano de novas oportunidades e de novas experiências que se abre, com novas expectativas, k evidententemente, mudam pq nós mudamos, mesmo quase sem nos apercebermos. Eu. por exemplo, sempre fui muito tímida, embora sempre tenha gostado de cantar e de representar, há 20 anos atrás não me via em cima de um palco a fazer o k ker k fosse, nem num karaoke às vezes a fazer figurinhas tristes. Hoje em dia estou a borrifar-me para as figurinhas tristes, estou a divertir-me e isso é k importa. No inicío custou u poucom corava até à raiz do cabelo, mas afinal deixar de fazer o k gosto só pelo k outros possam pensar ou comentar, NÃO. Sou mais eu, sou mais autêntica e digo mais aquilo que penso.
Olha, eu sou uma chata do caraças, mas tu és um doce e aguentas-me.
tb. já não posso ficar mais, tá na hora de voltar para casa.
Beijinhos pa ti pá Mafalde e pá fofura da Beatriz

Fernando "geniosoft" Pinheiro disse...

a dois amigos:

Luisa e Rafael;

duas pessoas que eu conheço, de formas diferentes;

no entanto experiencias tão diferentes, e somos todos humanos. Temos todos as mesmas necessidades, os mesmos receios, ansias, desejos...

Temos todos experiencias de vida diferentes, mas muito provavelmente de experiencias diferentes podemos tirar verdades semelhantes.

Não haverá uma só verdade, mas sendo todos humanos, a verdade e a razão de cada um não pode ser muito diferente entre todos.

Beijos e abraços para dois amigos
nando