O dia mais feliz da minha vida
À alguns dias atrás revi um filme que apesar de ser uma comédia, desta vez deu-me para reflectir sobre a vida. A história roda em torno de 3 amigos desde a infância e agora a aproximarem-se dos 40 anos. Cada um com uma personalidade diferente, sendo o filme uma comédia acentua a caricatura de cada personagem, mas mesmo assim cada um deles é um pouco de todos nós. Como os 3 amigos estão naquela fase critica da vida que separa a juventude da maturidade eterna, estão a passar por uma crise existencial e a reflectirem sobre as memórias do passado. Entre eles levanta-se a questão de qual foi o melhor e o pior dia que já viveram… o protagonista, desempenhado pelo Billy Cristal, recorda-se de um dia já longínquo no tempo, em que com nove anos o pai o levou pela primeira vez a um estádio para ver um jogo de basebol. Foi a primeira vez que ele viu um estádio a cores, antes só a preto e branco na televisão (ainda é desse tempo, tal como a maioria de nós), e a emoção do momento misturada com a cor, a animação e o laço emotivo com o pai, marca aquele dia como o mais feliz da vida dele. Já o “Chico Fininho” da história (Daniel Stern, nosso conhecido de “Sozinho em Casa”) recorda-se do dia do casamento dele, o que se torna hilariante visto a vida casada dele ter sido um dia infeliz atrás do outro. Mas ele explica, o casamento dele era o primeiro entre os irmãos dele, vestiu aquele fato bonito, o pai apoiou-o e ele sentiu-se adulto, responsável, fez-lo sentir-se bem. E convence-nos. A terceira história é a mais triste: o personagem mais discreto da história, interpretado pelo Ed Furillo de quem ninguém se lembra, recorda-se daquele dia na adolescência em que o pai dele chegou a casa mais uma vez bêbado, a insultar a mãe a maltratar-lo a ele e à irmã. E desta fez o miúdo não se ficou, e expulsou o pai de casa dizendo-lhe para ele nunca mais voltar. A partir daí ele cuidou da mãe e da irmã. O dia em que ele se revoltou contra o mau pai, foi simultaneamente o melhor e o pior dia da vida dele.
Para quem não reconheça a história, o filme era “A vida, o amor e as vacas”.
Isto tudo veio numa altura em que eu me apercebi que tenho tido os melhores dias da minha vida. Os dias mais felizes da minha vida aconteceram depois da minha filha nascer. E se puder enumerar um, aponto o dia 15 de Março de 2006 como o mais feliz de sempre: Acordei cedo, eu e a minha esposa tínhamos que fazer análises cedo. Levamos a Beatriz connosco, e ela estava desperta e bem disposta. Já se ri, interage e acompanha o movimento das pessoas. Passeamos metade da manhã com ela, e onde parávamos ela estava sempre sorridente e feliz. Nada preenche mais o nosso coração do que o sorriso de um filho. E eu passei um dia maravilhoso. Foi um dia banal, com actividades banais, não fui a um estádio, não me casei, passei-o com a minha esposa e filha, fui fazer análises, depois trabalhar. Mas tinha o mais importante da minha vida: amor, paz e o sorriso da minha filha.
À alguns dias atrás revi um filme que apesar de ser uma comédia, desta vez deu-me para reflectir sobre a vida. A história roda em torno de 3 amigos desde a infância e agora a aproximarem-se dos 40 anos. Cada um com uma personalidade diferente, sendo o filme uma comédia acentua a caricatura de cada personagem, mas mesmo assim cada um deles é um pouco de todos nós. Como os 3 amigos estão naquela fase critica da vida que separa a juventude da maturidade eterna, estão a passar por uma crise existencial e a reflectirem sobre as memórias do passado. Entre eles levanta-se a questão de qual foi o melhor e o pior dia que já viveram… o protagonista, desempenhado pelo Billy Cristal, recorda-se de um dia já longínquo no tempo, em que com nove anos o pai o levou pela primeira vez a um estádio para ver um jogo de basebol. Foi a primeira vez que ele viu um estádio a cores, antes só a preto e branco na televisão (ainda é desse tempo, tal como a maioria de nós), e a emoção do momento misturada com a cor, a animação e o laço emotivo com o pai, marca aquele dia como o mais feliz da vida dele. Já o “Chico Fininho” da história (Daniel Stern, nosso conhecido de “Sozinho em Casa”) recorda-se do dia do casamento dele, o que se torna hilariante visto a vida casada dele ter sido um dia infeliz atrás do outro. Mas ele explica, o casamento dele era o primeiro entre os irmãos dele, vestiu aquele fato bonito, o pai apoiou-o e ele sentiu-se adulto, responsável, fez-lo sentir-se bem. E convence-nos. A terceira história é a mais triste: o personagem mais discreto da história, interpretado pelo Ed Furillo de quem ninguém se lembra, recorda-se daquele dia na adolescência em que o pai dele chegou a casa mais uma vez bêbado, a insultar a mãe a maltratar-lo a ele e à irmã. E desta fez o miúdo não se ficou, e expulsou o pai de casa dizendo-lhe para ele nunca mais voltar. A partir daí ele cuidou da mãe e da irmã. O dia em que ele se revoltou contra o mau pai, foi simultaneamente o melhor e o pior dia da vida dele.
Para quem não reconheça a história, o filme era “A vida, o amor e as vacas”.
Isto tudo veio numa altura em que eu me apercebi que tenho tido os melhores dias da minha vida. Os dias mais felizes da minha vida aconteceram depois da minha filha nascer. E se puder enumerar um, aponto o dia 15 de Março de 2006 como o mais feliz de sempre: Acordei cedo, eu e a minha esposa tínhamos que fazer análises cedo. Levamos a Beatriz connosco, e ela estava desperta e bem disposta. Já se ri, interage e acompanha o movimento das pessoas. Passeamos metade da manhã com ela, e onde parávamos ela estava sempre sorridente e feliz. Nada preenche mais o nosso coração do que o sorriso de um filho. E eu passei um dia maravilhoso. Foi um dia banal, com actividades banais, não fui a um estádio, não me casei, passei-o com a minha esposa e filha, fui fazer análises, depois trabalhar. Mas tinha o mais importante da minha vida: amor, paz e o sorriso da minha filha.
13 comentários:
de facto, estou maravilhada...
este teu post transmitiu-me uma paz, uma serenidade tal...
não sei qual a sensação de ter um filho, mas sei qual a sensação de estar feliz e é uma sensação tão boa =)
estou feliz, fiquei feliz, por ti!
=) beijinho à Beatriz! pra ti, hum, =) também!
olá amiguita.
obrigado pelas palavras.
começo a pensar que o auge da vida acontece com o nascimento do primeiro filho. è algo que preenche todos os nossos poros interiores com satisfação. é um climax humano. Foi para isto que eu nasci e foi para isto que a minha filha nasceu: continuidade, o objectivo foi cumprido, e a natureza faz-nos saber isso.
Agora ainda há muito a fazer! mas também há que saber apreciar o momento. E é isso que estou a fazer.
beijos.
nando
"começo a pensar que o auge da vida acontece com o nascimento do primeiro filho"
"Foi para isto que eu nasci"
"Agora ainda há muito a fazer!"
Depois destas tuas palavras, é noutro filho que estás e pensar?
=)
LOL
fizeste-me usar a expressão inglesa para riso!
respondendo a tão felizes comentários:
>Não respondi desta forma só a pensar em outro filho.
>Sim penso ter mais filhos, mas não já.
és uma querida!
beijos.
nando
:D
ai que eu agora fiquei ainda mais contente!!!
quem é que consegue por-te a escrever "lol" quem é? :D
ai como é raro dizeres isso...
fazes bem, em pensares nisso e em ter! mas tb não deixes passar muitos anos porque senão depois eles vão ter brincadeiras diferentes e nos primeiros anos brinca a Beatriz "sozinhita"...
(ver se o Zé tb têm) :D
beijoka amigo *
;) e pisco-te o olho também.
è uma felicidade ter filhos, e parece-me que até os pais vão voltar à infancia e brincar muito com a Beatriz e sucedentes.
Duvido que o Zé venha a ter filhos.
A não ser que a tecnologia evolua muito e depressa e permita homens parir. Mesmo assim acho que o Zé não ia querer.
Quanto à Anabela tenho quase a certeza que sim. E como é uma das pessoas de quem mais gosto desejo que ela passa por essa felicidade também. A Mafalda convidou a Anabela e o Zé para padrinhos da Beatriz. Eu digo a Mafalda porque sou ateu e não poderia convidar pessoas a participarem em algo que eu não me acredito (o baptismo). Mas isso é apenas uma consequencia do meu destino escolhido. Porque se eu fosse católico eles são as pessoas que queria como padrinhos da minha filha.
E também te desejo muitos filhos. mas não já.
beijos nando
:D
ai que eu agora é que me ri :D
o Zé a ter filhos... hum... tb acho que não queira!! ;)
sim, eu espero ter e desfrutar dessa maravilha mas não já =)
tenho uma vida à minha frente!!!
=)
beijinho e sim são 4!!!
:)
4 msgs... não 4 filhos...
isso depois se verá!
=)
Aviso a futuros visitantes:
o endereço desta página vai deixar de ser geniosoft.blogspot.com para passar a ser geniosoft.chatspot.com
:D
visto que a (Da)Nielita me monopoliza isto... coisa que eu gosto... não pelo monopolio, mas pela atenção que ela me prestou... isto já passou de blog para chat entre eu e a minha parceira de teatro (curiosamente com o nome de personagem Beatriz).
Beijitos
nando
quem me dera ter muitos filhos.
mas o tempo e as finanças condicionam severamente.
:)
b* nando
A vida é mesmo feita de pequenos grandes momentos, que todos saibam sempre apreciá-los...
Parabéns por saberes apreciá-los.
Olá comentador anónimo,
Obrigado pelo momento com que me presenteaste a ler este bocadinho de mim, obrigado pela apreciação positiva!
Abraços
Fernando
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