Sou um leitor de flogs, e sinto-me fascinado com todos os pedaços de pessoalidade e personalidade que por ali se transmitem. Mas nunca me senti tentado a criar um. Talvez porque o que mais valorizo é a palavras. Mas numa das minhas ultimas visitas a um flog encontrei um texto sobre o amor que me fez ter vontade de exprimir também a minha opinião aobre o assunto para todo o mundo poder ler.
Terminei à pouco tempo a minha peça "Auto do Monte Olimpo". Nela retrato os valores da sociedade e o valor que cada virtude pode ter dependendo da forma que é usada. A peça mostra que quando se entra em exageros a felicidade nunca pode ser encontrada. E é o mais pequeno dos deuses do Olimpo que resolve toda a questão. Eros, mais conhecido como Cupido romano, provoca o amor onde antes só havia frieza e violência. E isso gera felicidade.
Na nossa vida não existem setas de Cupido, a paixão acontece de formas estranhas e quando menos é esperado, mas o amor que deriva da paixão pode ser construido. Não podemos controlar o coração, se ele quiser-se apaixonar e sofrer não há nada a fazer. Mas podemos ter consciencia de que podemos definir as condições em que isso acontece. Se usarmos a razão podemos prever até que ponto será boa ou má determinada paixão, e podemos negar ou aceitar esse amor. E podemos também tentar encaminhar o amor e adaptá-lo à felicidade mutua. As pessoas são diferentes, mas ao amarem transformam-se. Nós podemos provocar essa transformação em nós e no nosso par. Ser capaz de se adaptar é em si uma prova de amor e dedicação, de querer ser melhor para com quem se ama.
Isto tudo aplica-se aos próprios apaixonados, mas tudo seria muito simples no amor se resumisse assim. Só que o amor não é simples, se assim fosse nunca teria havido uma história como a de Romeu e Julieta. Os apaixonados podem aprender a gostar e fazer-se gostar pelo parceiro, mas mudar o mundo à volta deles já é demais. E infelizmente muitas vezes o amor surge em condições adversas. O sentimento é lindo e maravilhoso mas os terceiros não o aceitam.
E fazer o quê? Não sei. Como todos, ainda ando à procura da solução. Não sei se ela será lutar pelo amor, ou resignar-se e aceitar as coisas como são. Devia ser lutar pelo amor. Supostamente é a coisa mais importante. Mas não é. O mais importante é estar vivo. Viver. Nem que viver seja sem o nosso amor. O amor vai e vem ciclicamente. A vida não. Não quero parecer que o amor é secundário, apenas que às vezes não é possivel amar como queriamos. Temos que ser racionais e aceitá-lo. Ao menos dessa forma disfrutamos do que é possivel.
Ou viver o amor em segredo. Não me parece a solução perfeita. Mas o Romeu e a Julieta fizeram-no. Claro que tiveram um fim triste. No final estamos sempre dependentes do mundo que nos rodeia, e por mais que nos moldemos e adaptemos estamos dependentes da sorte que nos confere.
Fernando Pinheiro 12-12-2005
Terminei à pouco tempo a minha peça "Auto do Monte Olimpo". Nela retrato os valores da sociedade e o valor que cada virtude pode ter dependendo da forma que é usada. A peça mostra que quando se entra em exageros a felicidade nunca pode ser encontrada. E é o mais pequeno dos deuses do Olimpo que resolve toda a questão. Eros, mais conhecido como Cupido romano, provoca o amor onde antes só havia frieza e violência. E isso gera felicidade.
Na nossa vida não existem setas de Cupido, a paixão acontece de formas estranhas e quando menos é esperado, mas o amor que deriva da paixão pode ser construido. Não podemos controlar o coração, se ele quiser-se apaixonar e sofrer não há nada a fazer. Mas podemos ter consciencia de que podemos definir as condições em que isso acontece. Se usarmos a razão podemos prever até que ponto será boa ou má determinada paixão, e podemos negar ou aceitar esse amor. E podemos também tentar encaminhar o amor e adaptá-lo à felicidade mutua. As pessoas são diferentes, mas ao amarem transformam-se. Nós podemos provocar essa transformação em nós e no nosso par. Ser capaz de se adaptar é em si uma prova de amor e dedicação, de querer ser melhor para com quem se ama.
Isto tudo aplica-se aos próprios apaixonados, mas tudo seria muito simples no amor se resumisse assim. Só que o amor não é simples, se assim fosse nunca teria havido uma história como a de Romeu e Julieta. Os apaixonados podem aprender a gostar e fazer-se gostar pelo parceiro, mas mudar o mundo à volta deles já é demais. E infelizmente muitas vezes o amor surge em condições adversas. O sentimento é lindo e maravilhoso mas os terceiros não o aceitam.
E fazer o quê? Não sei. Como todos, ainda ando à procura da solução. Não sei se ela será lutar pelo amor, ou resignar-se e aceitar as coisas como são. Devia ser lutar pelo amor. Supostamente é a coisa mais importante. Mas não é. O mais importante é estar vivo. Viver. Nem que viver seja sem o nosso amor. O amor vai e vem ciclicamente. A vida não. Não quero parecer que o amor é secundário, apenas que às vezes não é possivel amar como queriamos. Temos que ser racionais e aceitá-lo. Ao menos dessa forma disfrutamos do que é possivel.
Ou viver o amor em segredo. Não me parece a solução perfeita. Mas o Romeu e a Julieta fizeram-no. Claro que tiveram um fim triste. No final estamos sempre dependentes do mundo que nos rodeia, e por mais que nos moldemos e adaptemos estamos dependentes da sorte que nos confere.
Fernando Pinheiro 12-12-2005
2 comentários:
K filosofico!!!!!! mas tens uma pontinha d raxão**** lolol beijão
ola julia.
não sei se comentaste aqui no fundo por teres lido todos os textos, ou se apenas foi coincidencia, visto que em qualquer dos textos podes comentar. Mas digo isto porque se foi por teres lido tudo, tenho que dizer "uau", ainda hoje te dei o endereço.
ès uma menina querida e interessante. não te conheço, mas as 3 vezes que falei contigo até agora és cativante e apreciei a troca de conhecimento.
E mais uma coisa importante no nosso relacionamento é que não sei como te pareces e tu provavelmente não sabes o meu. Portanto a nossa relação é independente de considerações esteticas, e por isso muito mais pura.
Quando duas pessoas se conhecem primeiro interiormente sem se preocuparem com o aspecto exterior têm muito mais probabilidade de terem uma relação de amizade duradoura, pois conhecem o que realmente conta.
Eu até agora gostei de te conhecer.
beijos,
nando aka geniosoft
P.S. : E aproveito para apregoar aqui em sitio publico que ao falar no MSN com a Julia, falo com uma pentacampeã de dança moderna. Ah pois é! ;)
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