Um "sim" ou um "não" pode mudar a nossa vida. A vida é um desfile de decisões e a cada momento temos que escolher um novo rumo. Não há caminhos traçados, nós é que fazemos o caminho. Se escolhermos um caminho árduo somos nós quem o temos que trilhar. Mas também seguir pelos caminhos fáceis não nos faz chegar a metas de interesse. Então o dificil é encontrar o equilibrio entre o certo e o errado, o fácil e o dificil, o que queremos e aquilo que podemos...
Ainda não tomei decisões radicais na minha vida, continuo no caminho fácil, mas desejo ardentemente correr o risco. Porque sei que só arriscando posso ser verdadeiramente feliz. Se não o fizer ficarei ainda assim contente (contentado). Mas arriscar caminhos tortuosos não é uma escolha fácil, traz muitas dores. Quero essas dores? Não, não quero as dores! Mas desejo alcançar a meta que está para além do atalho dos trabalhos. O que o futuro dirá é se ousarei correr o risco.
Mas não espero pelo amanhã, para o saber. Talvez tenha perdido a noção do equilibrio e esteja demasiado viciado no presente. Mas é no presente que sou feliz. São pequenos momentos como os que tenho vivido, quando o presente é presente, que me dão alento. São momentos simples mas que fazem justiça à vida. São o que tenho. E tenho que estar feliz pela realidade não ser demasiado complicada a ponto de não os poder viver.
E quando vejo as coisas a desmoronarem-se à minha volta sinto que sou uma coluna de suporte. Suporto-me a mim e apoio quem me rodeia. Por isso, pelo meu orgulho, ou talvez por que simplesmente sou assim, mantenho-me sem tombar. E para tomar o caminho é preciso estar de pé, ou não chegamos longe. Falta-me saber nesta encruzilhada se serei mais feliz com o "sim" ou com o "não"...
Ainda não tomei decisões radicais na minha vida, continuo no caminho fácil, mas desejo ardentemente correr o risco. Porque sei que só arriscando posso ser verdadeiramente feliz. Se não o fizer ficarei ainda assim contente (contentado). Mas arriscar caminhos tortuosos não é uma escolha fácil, traz muitas dores. Quero essas dores? Não, não quero as dores! Mas desejo alcançar a meta que está para além do atalho dos trabalhos. O que o futuro dirá é se ousarei correr o risco.
Mas não espero pelo amanhã, para o saber. Talvez tenha perdido a noção do equilibrio e esteja demasiado viciado no presente. Mas é no presente que sou feliz. São pequenos momentos como os que tenho vivido, quando o presente é presente, que me dão alento. São momentos simples mas que fazem justiça à vida. São o que tenho. E tenho que estar feliz pela realidade não ser demasiado complicada a ponto de não os poder viver.
E quando vejo as coisas a desmoronarem-se à minha volta sinto que sou uma coluna de suporte. Suporto-me a mim e apoio quem me rodeia. Por isso, pelo meu orgulho, ou talvez por que simplesmente sou assim, mantenho-me sem tombar. E para tomar o caminho é preciso estar de pé, ou não chegamos longe. Falta-me saber nesta encruzilhada se serei mais feliz com o "sim" ou com o "não"...
5 comentários:
Escrever um livro é um sonho. Mas escrever com qualidade exige muito tempo, para a pesquisa, para a escrita e concentração.
Homem completo, planta uma arvore, tem um filho e escreve um livro. É um cliché que nos ensina a prolongar a natureza, prolongar a vida e prolongar o conhecimento. Eu acredito-me também nisso. Ainda não plantei a minha arvore, ainda não escrevi um livro, já tenho uma filha. Hei-de cumprir com os outros dois.
Tenho três ideias para livros. Duas ideias são para livros de ficção cientifica. A terceira é um livro de pensamentos, parecido com os que escrevo neste blog.
A ficcção é o que me apaixona mais, mas como qualquer escritor de ficção há sempre tempo para escrever uns ensaios, e um dia reuni-los num livro, qual Saramago com os seus Cadernos de Lanzarote.
Um dos livros de ficção que um dia hei-de escrever conta uma história polémica. Não foi ideia minha, foi o meu querido amigo Hélio quem a sugeriu que eu escrevesse. Só posso dizer que seria mais polémico que o "Evangelho segundo Jesus Cristo" do Saramago.
A outra história que tenho em mente escrever e da qual até já escrevi o primeiro capitulo, ainda que em versão de rascunho, conta uma história de descoberta espacial, mas de uma forma invertida, em vez de o homem ser o descobridor, será a história de outros que nos descobrem.
Mas a escrita é uma paixão dificil de concretizar. Actualmente sinto-me frustrado porque não tenho tempo para nenhuma das coisas de que tanto gosto na minha vida. Abandonei quase por completo o trabalho directivo da Urate, o teatro é um hobby a que posso dedicar uma atenção minima, o lazer é uma coisa quase morta na minha vida. Mas a lição que a vida já em ensinou é que subitamente tudo se transforma. Eu aguardo isso.
O "Carpe Diem" é um lema de vida. Mas às vezes fico apreensivo sobre como agir em relação a essa filosofia quando o dia corre mal. Esperar pelo dia seguinte melhor? Mas isso não é "Carpe Diem". "Carpe Diem" é viver sempre o próprio dia sem contarmos com o amanhã. Viver intensamente, apaixonadamente, sem questionarmos o destino. Mas como em tudo não existe regra sem excepção e o exagero da regra leva a faltas. O equilibrio é a unica via correcta. Até o mal serve o propósito de equilibrar o bem.
Mas continuo apaixonadissimo pela vida. E esse amor intenso e ardente é recompensador. Aprecio os instantes com paixão. Não choro pelo que não aconteceu, mas regozijo com o que vivi. Se calhar é esse o equilibrio do "Carpe Diem", viver apaixonado pela própria vida.
Beijos para ti querida amiga Nielita.
fernando aka geniosoft
mais um testemunho de maturidade, nando...
fazes do "carpe diem" um lema de vida, mas há que ter cautelas e não cair no radicalismo fácil... tudo isto por que o presente é feito do passado, com os olhos postos no amanhã... e, como tu próprio escreves, há que encontrar pontos de equilíbrio na vida! eu sei, tanto o teu presente, como o meu (espero) são construídos com uma base passadista e uma perspectiva vindoura...
sabes, eu admiro essa tua forma de estar de estar na vida... és uma pessoa diferente! olhando o contexto que nos circunda, talvez sejas uma pessoa à frente do teu tempo, da tua geração... e é por essa razão que me despertas curiosidade e uma vontade faminta de aprender e de te ouvir por que tens (quase) sempre uma palavra sábia para dizer... provavelmente, a minha admiração reside na tua diferença! admiro a tua lealdade na amizade, a tua vontade de a celebrar, a tua “veia” mais científica, a tua paixão pela vida e pelo ensinar... aluno e professor, assim te defines... mas um professor tem de procurar o equilíbrio para tentar induzir os seus alunos para tal virtude, mesmo que não pense e não viva assim... por que tu e eu queremos uma sociedade / humanidade melhor... justa, solidária, apaixonada, equilibrada... sinceramente, acho que a filosofia do "carpe diem" está intrinsecamente ligada ao epicurismo, doutrina que, para além de celebrar a vida, também professa o desregramento de costumes num certo grau!
"seize the day, boys... seize the day!" - dizia o professor keating... foi um incompreendido, é verdade! o filme faz parte do meu imaginário e talvez tenha sido o mote para optar pela profissão que, actualmente, exerço. se as tuas palavras são nesse sentido, tens o meu respeito! mas no filme houve uma morte, um cordeiro foi imolado em nome de um deus chamado "liberdade"... nada contra quem morre ou morreu na luta por tal ideal, mas era incapaz de incentivar um aluno meu a morrer por tal valor. era sim capaz de instrui-lo para, mais tarde, quando adulto, lutar (mesmo com a vida) pela liberdade... daí dizer que o presente deve ter os olhos sempre postos no futuro e não apenas no imediato, no agora... fiz-me entender? não sei, talvez me tenha perdido no meio dos meus escritos e não vou reler! espero que me tenhas compreendido...
"O ontem é história, o amanhã é mistério e o hoje é uma dádiva... por isso se chama presente!" -> até nesta frase temos de procurar o seu ponto de equilíbrio... não é fácil, daí ser estimulante! é esse estímulo que me faz sorrir, sonhar e continuar com vontade de viver! :)
abraços,
fallen angel
Caro Célio,
Seja qual for o ideal, perde a razão quando levado ao exagero. O homem ao longo da sua história buscou continuamente melhorar ou evoluir, o indivíduo e a sociedade. Algumas das filosofias favoreciam o indivíduo, outras o grupo. O Epicurismo, ou o humanismo parecem-me ser escolas que favoreciam o indivíduo. O comunismo ou a democracia são filosofias que se aplicam à sociedade. A história já nos ensinou que algumas dessas filosofias falham quando postas em prática. Mas o seu princípio de igualdade e melhoria da condição humana é ainda assim louvável.
O mal acontece quando se sobrepõe a filosofia à própria realidade. Se acreditamos demasiado em algo podemos cair no exagero e vendados pelas obstinação em promover o bem através de determinada doutrina não enxergamos o mal que praticamos com o seu exagero. Cada passo da nossa vida deve ser medido, se avançamos muito depressa devemos fazer uma pausa. Se nos enganamos na direcção tomada precisamos das pausas para reavaliar a direcção correcta a tomar. A teimosia é uma falha pessoal que prejudica a felicidade comum.
A justiça na mitologia é representada com uma balança, símbolo do equilíbrio. A felicidade comum só pode ser atingida se o mundo for justo, e a justiça só é possível através do equilíbrio. Para haver equilíbrio é necessário pesar o conhecimento, de uma forma matura, responsável, tirando lições do passado para as aplicar no presente, melhorando o futuro. Assim melhoramos o presente e preservamos a qualidade do nosso futuro.
Qualquer das filosofias sobre a felicidade são o resultado de um trabalho inacabado. Uma das lições que a história da ciência nos ensina é que não existe nenhum conhecimento exacto e definitivo. O modelo teorico vai-se cada vez mais aproximando da realidade mas nunca é exacto. Exemplos disso: A forma da terra, inicialmente pensava-se que ela seria plana e esse conhecimento não estava totalmente errado, era apenas resultado de uma observação limitada. Quando se circumnavegou o globo podemos provar a sua esfericidade. E a teoria ficou muito mais próxima da realidade, mas ainda assim não exacta. A Terra não é uma esfera mas sim um elipsoide, mas até ao advento dos satélites que medem a Terra com uma precisão muito superior ao que era posssivel na idade média não o podíamos saber. As teorias nunca estão completas, mas vão-se aproximando da realidade cada vez mais.
O “carpe diem” não é uma doutrina absoluta. È preciso ter a noção disso para não se cair no exagero. È preciso salvaguardar a integridade do futuro. Mas isso é apenas uma evolução na teoria que já estava próxima da realidade e agora se torna mais exacta.
A cada passo em frente estamos mais próximos.
Abraços amigo Célio,
Obrigado pelas palavras amigas e sábias.
Nando aka geniosoft
entendes-me agora quando digo que gosto de te ler e de te ouvir? aqui está a prova disso... sinto que contigo posso aprender algo... ler-"te" é um prazer, indiscutivelmente...
obrigado, professor!
abraço,
fallen angel
são para mim recompensadoras as tuas palavras e um elogio muito grande que O professor me trate por seu professor.
Abraços,
nando aka geniosoft
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